Funcionários chineses e americanos iniciaram uma reunião nesta terça-feira (29) em Estocolmo, para um segundo dia de negociações sobre as tarifas recíprocas entre os dois países, com o objetivo de estender a pausa tarifária obtida em Genebra em maio.
Jornalistas da AFP viram as delegações americana e chinesa, lideradas respectivamente pelo secretário do Tesouro Scott Bessent e pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, entrar no edifício Rosenbad, onde as conversas estão sendo realizadas e que abriga o gabinete do primeiro-ministro sueco.
Por enquanto, nenhuma informação foi divulgada sobre o conteúdo das discussões realizadas desde segunda-feira na capital sueca.
Pequim expressou a sua esperança de que estas se realizem em um espírito de “respeito mútuo e reciprocidade”.
A China busca “reduzir os mal-entendidos, fortalecer a cooperação e promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações entre China e Estados Unidos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, na segunda-feira, durante uma coletiva de imprensa em Pequim.
As discussões em Estocolmo têm como objetivo estender a pausa de 90 dias negociada em maio em Genebra, que pôs fim às represálias de ambos os lados do Pacífico que originaram tarifas proibitivas.
Isso permitiu reduzir as tarifas sobre produtos americanos e chineses, de 125% e 145% respectivamente, para níveis mais modestos de 10% e 30%, que se somam às tarifas existentes anteriormente sobre certos produtos, antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca no final de janeiro.
As negociações na Suécia ocorrem em uma semana decisiva para a política comercial do presidente Donald Trump, já que as tarifas aplicadas à maioria dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos sofrerão um aumento abrupto em 1º de agosto.
Diante dessa data iminente, vários países estão se apressando para concluir um acordo com Washington.
No domingo, o presidente Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram na Escócia um acordo tarifário que estipula que os produtos europeus exportados para os Estados Unidos serão tributados em 15%.
Em Paris, embora se reconheça que este acordo trará “estabilidade” para as empresas, há uma insistência especialmente na sua natureza “desequilibrada”, segundo os termos usados por vários membros do governo.
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