PEQUIM (Reuters) – A China disse nesta terça-feira que uma expressão de preocupação do Grupo dos Sete países industrializados sobre o processo de seleção do novo chefe do Executivo de Hong Kong é intromissão nos assuntos internos da China.

O G7 afirmou na segunda-feira que o processo de seleção de um novo chefe do Executivo em Hong Kong é fonte de grande apreensão e destacou preocupações mais amplas sobre as liberdades fundamentais na ex-colônia britânica.

“Certos países e instituições ocidentais têm conspirado para manchar maliciosamente a eleição do chefe do Executivo em Hong Kong, uma interferência arbitrária nos assuntos internos da China à qual a China se opõe resolutamente e condena fortemente”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, em coletiva de imprensa regular.

Zhao afirmou que esses países optaram por desconsiderar as melhorias na democracia de Hong Kong.

Ele também criticou os países que “usam o tom de um professor de democracia para palestrar sobre eleições democráticas em Hong Kong”, acrescentando que “países e instituições relevantes devem respeitar a soberania da China”.

O G7 inclui França, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

O próximo líder de Hong Kong, John Lee, foi endossado para o cargo mais alto da cidade no domingo por um comitê repleto de partidários pró-Pequim.

(Reportagem de Eduardo Baptista)

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