A China afirmou nesta quarta-feira (15) que os controles impostos às exportações de terras raras seguem as práticas internacionais, apesar das críticas dos Estados Unidos e de vários países europeus.
A medida decidida por Pequim na semana passada levou o presidente americano, Donald Trump, a anunciar tarifas adicionais de 100% às importações de produtos chineses após meses de trégua na guerra comercial entre as duas grandes economias mundiais.
“A China aplica controles em conformidade com a lei para salvaguardar a paz global e suas obrigações internacionais, como a não proliferação”, declarou o porta-voz da diplomacia de Pequim, Lin Jian.
“Também está em conformidade com as práticas internacionais”, acrescentou.
A China é o maior produtor mundial de terras raras, essenciais para as indústrias digital, automotiva, energética e armamentista.
As terras raras também são um dos focos de disputa comercial com os Estados Unidos e de tensão com a União Europeia.
“Estamos dispostos a reforçar o diálogo e o comércio com todos os países sobre os controles de exportações para manter a segurança e a estabilidade da produção mundial e das cadeias de suprimentos”, afirmou Lin.
Em abril, o país asiático instaurou um sistema de licenças para determinadas exportações de terras raras, o que provocou tensões nas cadeias de suprimentos.
Na semana passada, Pequim anunciou novos controles à exportação de tecnologias vinculadas aos materiais, o que provocou um agravamento na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Trump respondeu com o anúncio das tarifas adicionais de 100% a partir de 1º de novembro sobre os produtos chineses, que serão adicionadas às tarifas vigentes de 30%.
A União Europeia anunciou na terça-feira que discutiria com seus parceiros do G7 uma “resposta coordenada” às restrições chinesas sobre a exportação de tecnologias vinculadas às terras raras.
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