A China condenou “veementemente”, nesta quarta-feira (14), as autoridades de Taipei por um incidente no qual dois cidadãos chineses se afogaram enquanto eram perseguidos pela guarda costeira de Taiwan.

O barco chinês virou perto das Ilhas Kinmen e dois de seus quatro tripulantes se afogaram, de acordo com relatos de ambos os lados.

O porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, Zhu Fenglian, disse que os mortos eram pescadores e expressou “forte condenação” do incidente, que “minou a boa vontade mútua entre compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan”.

“Pedimos ao lado taiwanês que esclareça imediatamente o incidente”, acrescentou.

A agência CNA de Taiwan disse que uma lancha chinesa “entrou ilegalmente em águas taiwanesas”.

A guarda costeira “pediu imediatamente para revistar a embarcação, mas [sua tripulação] resistiu e virou ao tentar fugir”, acrescentou o relatório, observando que os dois sobreviventes foram hospitalizados em Kinmen e serão “investigados” judicialmente.

O arquipélago de Kinmen, sob jurisdição taiwanesa, tem ilhas localizadas a menos de 2 km da China continental.

A China e Taiwan estão separadas de fato desde o fim da guerra civil em 1949, quando as tropas comunistas derrotaram as tropas nacionalistas, que deixaram o continente.

Mas Pequim considera Taiwan, com 23 milhões de habitantes, como parte de seu território e proclama sua intenção de retomá-lo mais cedo ou mais tarde, pela força, se necessário.

O líder do Partido Democrático Progressista (DPP), Lai Ching-te, considerado por Pequim como “separatista”, venceu as eleições presidenciais de Taiwan em janeiro.

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