A China criticou, nesta sexta-feira (22), uma resolução aprovada ontem pelo Parlamento europeu condenando a repressão em Hong Kong e a qualificou como “interferência flagrante” em seus assuntos internos.

Na quinta-feira, os deputados europeus adotaram por uma confortável maioria uma resolução que condena a repressão dos militantes pró-democracia em Hong Kong e estima que o recente acordo entre a UE e China sobre investimentos deixa a credibilidade da Europa em questão de direitos humanos na corda bamba.

O texto “insta” aos 27 Estados-membros da UE a “planejar rapidamente sanções destinadas a pessoas em Hong Kong e na China”. A resolução cita, por exemplo, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e outros membros do governo de Hong Kong leais a Pequim.

Em reação a esta resolução, a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, pediu nesta sexta-feira aos eurodeputados que “admitam que Hong Kong foi devolvida à China” pelo Reino Unido em 1997.

Segundo a responsável, alguns deputados “confundem o bem e o mal” cometendo uma “interferência flagrante nos assuntos de Hong Kong, que pertence à China”.

O Parlamento europeu deve “encerrar qualquer forma de interferência”, insistiu.

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O acordo entre China e a UE para a proteção recíproca de investimentos foi assinado no final do ano passado. O pacto foi criticado devido à polêmica lei de segurança nacional que Pequim aplica em Hong Kong há alguns meses e à repressão da minoria muçulmana uigur no noroeste do país.


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