China confirma inquérito contra ex-presidente da Interpol

BEIJING, 08 OUT (ANSA) – O ex-presidente da Organização Internacional da Polícia Criminal (Interpol) Meng Hongwei está sendo oficialmente investigado na China por suspeita de suborno e outros crimes, como “transgressões políticas”.   

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) pelo Ministério da Segurança Pública do país asiático, do qual Hongwei era vice-ministro desde 2004. A pasta informou que o ex-chefe da Interpol está sendo investigado como resultado de sua “obstinação” e tem apenas a si mesmo para culpar. Além disso, o Ministério acrescentou que “não há exceção na lei”, pois “qualquer um será rigorosamente investigado e punido”.   

Meng foi destaque na imprensa internacional nos últimos dias por conta do seu inexplicável desaparecimento, quando viajava da França para a China. Sua esposa, Grace, revelou também que temia pela vida do marido, já que o ex-chefe da Interpol a enviou uma mensagem enigmática de uma faca antes de sumir.   

“Devemos reconhecer profundamente os sérios danos que o suborno de Meng Hongwei e as suspeitas de violações da lei causaram ao partido e à causa da segurança pública”, informou o ministro chinês Zhao Lezhi. No último domingo (7), a Interpol anunciou em um comunicado que Meng renunciou ao cargo e foi substituído por um oficial sul-coreano até uma nova eleição, que será feita em novembro.   

Ele é ex-dirigente do Partido Comunista Chinês, e sua nomeação na Interpol chegou a ser criticada por entidades de direitos humanos. Seu mandato terminaria somente em 2020. (ANSA)