China chama Zelensky de ‘irresponsável’ por sugerir que eles estão ao lado da Rússia

Zelensky; US President Donald Trump (R) and Ukraine's President Volodymyr Zelensky meet in the Oval Office of the White House in Washington, DC, February 28, 2025. Zelensky and Trump openly clashed in the White House on February 28 at a meeting where they were due to sign a deal on sharing Ukraine's mineral riches and discuss a peace deal with Russia. "You're not acting at all thankful. It's not a nice thing," Trump said. "It’s going to be very hard to do business like this," he added. (Photo by SAUL LOEB / AFP)
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A China advertiu nesta quinta-feira, 10, às partes na guerra ucraniana que não façam “comentários irresponsáveis”, depois que o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que Pequim tem consciência de que cidadãos chineses foram recrutados pela Rússia para combater no conflito.

Zelensky afirmou na quarta-feira que Kiev possui informações sobre 155 chineses enviados para apoiar a invasão russa, um dia após anunciar que o Exército ucraniano capturou dois soldados chineses na região leste de Donetsk.

Questionado sobre a declaração de Zelensky, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu às “partes relevantes” que “parem de fazer comentários irresponsáveis”. “Alertamos as partes relevantes que reconheçam o papel da China de maneira correta e clara”, disse o porta-voz diplomático Lin Jian em uma entrevista coletiva, sem citar a Ucrânia ou Zelensky diretamente.

A China se apresenta como um ator neutro na guerra, apesar das críticas ocidentais de que sua proximidade com Moscou proporcionou apoio econômico e diplomático à Rússia.

Zelensky afirmou na quarta-feira, 9, que “a participação aberta de cidadãos chineses em operações de combate (…) é um passo deliberado para a expansão da guerra”. “Acredito que agora (a Rússia) está envolvendo a China nesta guerra”, declarou.

Segundo Lin, a China “sempre exigiu que seus cidadãos (…) evitem envolver-se em conflitos armados de qualquer forma”. “A China não é criadora ou parte da crise ucraniana. Somos defensores incondicionais e promotores ativos de uma resolução pacífica”, concluiu.