O governo chinês descreveu, nesta quarta-feira, como “falsas” as declarações do presidente americano Donald Trump, que na Assembleia Geral da ONU em Nova York pediu a Pequim que respeitasse as liberdades em Hong Kong e criticou seus “abusos” em assuntos comerciais.
Respondendo a essas críticas, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, denunciou à imprensa “as falsas afirmações” do discurso de Trump.
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos pediu a Pequim que proteja o “modo de vida democrático” da ex-colônia britânica e disse que “observa de perto” a situação.
“O mundo espera fortemente que o governo chinês respeite seu tratado vinculativo com os britânicos, apoiado pelas Nações Unidas, no qual a China se compromete a proteger a liberdade de Hong Kong, seu sistema legal e seu modo de vida democrático”, acrescentou.
Este foi um dos discursos mais fortes de Trump sobre o assunto desde o início, há três meses, da mobilização pró-democracia em Hong Kong, que atravessa sua pior crise política desde a sua devolução a Pequim em 1997.
Por outro lado, o presidente americano voltou a denunciar os “abusos” de Pequim em questões comerciais.
“Durante anos, esses abusos” no comércio internacional “foram tolerados, ignorados e até incentivados”, disse Trump ao questionar a “globalização”.
Elogiando sua guerra comercial com tarifas sobre os produtos chineses, ele repetiu que espera “um acordo que seja benéfico para os dois países”.
“Mas como disse com muita clareza, não aceitarei um mau acordo para o povo americano”, reiterou.