A China continuará aumentando sua cota de empregos industriais globais até 2050, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (30), mesmo que os Estados Unidos e a União Europeia queiram se tornar menos dependentes de sua produção.

O gigante asiático aumentará sua participação do total de empregos industriais do mundo para 43% até esse ano, tornando a China um dos poucos países a ver um aumento neste tipo de empregos, de acordo com o relatório do Centro para o Desenvolvimento Global (CGD), localizado em Washington.

As principais economias ocidentais questionaram seriamente sua dependência dos produtos chineses, devido aos estrangulamentos que obstruíram as cadeias de abastecimento globais durante a pandemia da covid-19.

Os aumentos de preços e os atrasos alimentaram a inflação que ainda afeta a economia global, levando União Europeia e Estados Unidos a adotarem estratégias de redução de risco em relação à China.

Os Estados Unidos também querem limitar as capacidades chinesas de produzir tecnologias de ponta, como semicondutores, necessários para o desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA). Mas é provável que os países ricos continuem a perder empregos no setor industrial, que passará de 11,4% para 8,3% dos empregos de rendimento elevado em 2050.

Já os países mais pobres não veriam um aumento significativo em sua proporção de empregos industriais, que continuará estável durante os próximos 30 anos, com menos de 8% do emprego total.

O estudo foi realizado com base nas projeções de 59 países que representam 75% do PIB mundial.

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