09/08/2024 - 10:52
A China anunciou, nesta sexta-feira (9), que apresentou uma reclamação ante a Organização Mundial do Comércio (OMC) após a decisão da União Europeia (UE) de impor tarifas às importações de veículos elétricos chineses.
Bruxelas anunciou em julho tarifas provisórias de até 38% sobre as importações de veículos elétricos chineses na UE, ao avaliar que Pequim favorece ilegalmente seus fabricantes.
Até então, o imposto para veículos de fábricas chinesas era de 10%.
Bruxelas tem quatro meses para tornar as tarifas definitivas, o que abre uma janela de diálogo com Pequim até novembro.
“A China recorreu ao mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio”, disse o Ministério do Comércio da China nesta sexta-feira, instando a UE a “corrigir imediatamente suas más práticas”.
De acordo com Pequim, Bruxelas “está violando seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”.
A UE alega que está em conformidade com as regras da OMC com essas tarifas, que têm como objetivo restringir as importações de veículos elétricos chineses sem bloqueá-los completamente, ao contrário da política aplicada pelos Estados Unidos.
Um porta-voz da Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, disse nesta sexta-feira à AFP que a instituição tem “confiança” que as medidas adotadas são compatíveis com as normas da OMC.
“A UE está analisando cuidadosamente os detalhes deste pedido [da China] e reagiremos às autoridades chinesas em seu devido momento, de acordo com as normas da OMC”, acrescentou.
Na Europa, as marcas chinesas estão ganhando rapidamente participação no mercado graças aos seus preços competitivos.
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