PEQUIM, 13 JUL (ANSA) – A China anunciou nesta segunda-feira (13) sanções contra um diplomata e três parlamentares dos Estados Unidos como uma “resposta às ações equivocadas” de Washington. Os afetados são os republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, do Senado, e Chris Smith, da Câmara dos Representantes, e o embaixador Sam Brownback.   

Na última quinta-feira (09), os norte-americanos rejeitaram a concessão de vistos para três autoridades chinesas que, supostamente, organizariam a repressão contra a minoria muçulmana que vive em Xinjiang.   

“Pedimos que os EUA se abstenham de palavras e ações que interferem e prejudicam os assuntos internos da China”, afirmou um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.   

Os Estados Unidos vêm em uma série ações – tanto do presidente Donald Trump como do Congresso – contra a China. Nessa crise específica, além de negarem os vistos, os norte-americanos chegaram a aprovar uma legislação com sanções contra funcionários do governo chinês por conta de abusos de Pequim contra a minoria.   

Os uigures são perseguidos desde 2013, com diversas denúncias de ações feitas tanto por governos nacionais como por entidades de defesa dos direitos humanos. No entanto, as críticas aumentaram após a criação dos “centros de treinamento profissional” por Pequim. Enquanto o governo chinês afirma que os locais são “centros de reeducação”, a comunidade internacional diz que as áreas são palco de “torturas e moléstias” contra pessoas detidas arbitrariamente.   

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de meio milhão de muçulmanos foram detidos nesses centros nos últimos anos. (ANSA)

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