China anuncia campanha contra conteúdos ‘maliciosos’ nas redes sociais

A Administração do Ciberespaço da China (CAC), principal agência reguladora da internet no país asiático, anunciou nesta segunda-feira uma campanha de dois meses nas redes sociais para combater a “incitação maliciosa ao conflito” e as “visões negativas da vida, como o cansaço do mundo”.

As autoridades comunistas chinesas já obrigam as redes sociais a seguir, com equipes de moderação e censura, um controle rigoroso dos conteúdos que consideram subversivos, vulgares ou pornográficos.

A nova campanha de dois meses, que não teve a data de início divulgada, terá como objetivo “regulamentar a incitação maliciosa ao conflito e a promoção da violência e das correntes perversas”, segundo um comunicado da CAC.

Outros temas abordados pela campanha incluem a divulgação de “rumores” sobre a economia, as finanças, o bem-estar social e as políticas públicas.

Também buscará evitar a promoção de “visões negativas da vida, como o cansaço do mundo”, segundo o comunicado.

O anúncio da CAC acontece após as sanções impostas neste mês a três plataformas digitais populares, acusadas de negligência em suas obrigações na gestão de conteúdos.

No sábado, a agência reguladora anunciou que aplicaria “medidas disciplinares e punitivas” à plataforma Weibo (similar ao X) e à plataforma de vídeos curtos Kuaishou, acusadas de promover notícias sobre celebridades e conteúdos “indesejáveis”.

Medidas similares foram anunciadas na semana anterior contra o Xiaohongshu, uma rede social equivalente ao Instagram, conhecida em inglês como Rednote.

As autoridades não revelaram detalhes sobre as medidas tomadas contra as três plataformas.

pfc/meb/pc/fp