O Ministério das Relações Exteriores da China indicou neste domingo(25) que seu país apoia os esforços da Rússia para “proteger a estabilidade nacional”, em uma primeira reação do governo chinês à rebelião do grupo paramilitar russo Wagner contra o Kremlin.

“Como vizinho amigo e parceiro estratégico, a China apoia a Rússia em seus esforços para proteger a estabilidade do país, desenvolver e alcançar a prosperidade”, disse o ministério em comunicado, enfatizando que o que aconteceu na Rússia é um “assunto interno”.

Esta é a primeira reação oficial da China à situação na Rússia, onde o líder do Wagner, Yevgueni Prigozhin, com seus combatentes desafiou -em 24 horas- a autoridade do presidente russo, antes de recuar e retirar suas tropas, que avançaram até atingir cerca de 400 km ao sul de Moscou, para se estabelecer em Belarus.

Neste contexto, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, foi recebido neste domingo pelo ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang.

Um pouco antes, o governo russo havia afirmado que, durante aquela reunião, a China havia manifestado seu “apoio” aos esforços do presidente Putin para “estabilizar a situação” após a rebelião de Wagner.

As relações entre China e Rússia têm se fortalecido nos últimos anos, principalmente em decorrência do conflito na Ucrânia, que levou a Rússia a fortalecer suas alianças na Ásia para compensar seu isolamento no Ocidente.

tjx-oho/ssy/thm/emp/jvb/mb/jc