A China anunciou nesta sexta-feira a adoção de “represálias” contra os diplomatas americanos presentes em seu território, que a partir de agora devem avisar as autoridades antes de reuniões com funcionários ou especialistas.

A porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, explicou que a decisão foi tomada em reação às medidas anunciadas por Washington em outubro contra diplomatas chineses nos Estados Unidos.

“Pedimos mais uma vez aos Estados Unidos que retifiquem seus erros e revoguem estas medidas”, disse a porta-voz.

Washington ordenou em outubro que os diplomatas chineses notificassem o Departamento de Estado antes de qualquer contato oficial com diplomatas, autoridades locais, educadores e pesquisadores.

A administração do presidente Donald Trump afirmou que a medida foi adotada ante a impossibilidade de seus diplomatas de participar em reuniões com funcionários ou especialistas na China.

Hua explicou nesta sexta-feira que os emissários americanos devem a partir de agora informar o ministério das Relações Exteriores com cinco dias de antecedência.

O anúncio acontece no momento em que os dois países estão envolvidos em uma guerra comercial, iniciada há um ano e meio.

Nas últimas semanas, as relações pioraram ainda mais, após as votações no Congresso americano de textos que criticam a política chinesa em Hong Kong e na região de maioria muçulmana de Xinjiang (noroeste).