SANTIAGO DO CHILE, 19 OUT (ANSA) – Apesar do presidente do Chile, Sebastian Piñera, decretar estado de emergência em Santiago durante a madrugada deste sábado (19) em meio aos protestos contra o aumento da passagem, diversos manifestantes saíram às ruas da capital, que foi palco de destruição e conflitos.   

“Decretei o estado de emergência e para sua aplicação designei o general de divisão Javier Iturriaga del Campo como chefe da defesa nacional, como determina a legislação”, declarou Piñera em mensagem aos cidadãos.   

Mais de 40 estações de metrô suspenderam o funcionamento, enquanto a cidade amanheceu sob destroços, lixo espalhado, além de ônibus queimados e bicicletas de aluguel destruídas. A desobediência civil ganhou proporções hoje e a tensão aumentou na Plaza de Maipú, onde um policial utilizou bomba de gás lacrimogêneo para conter os manifestantes, que reagiram.   

Logo depois, o governo determinou o envio de militares às ruas pela primeira vez no período democrático.   

Na Plaza Brasil, um grande número de jovens também se manifesta aos gritos de “O povo unido nunca será derrotado”. Os mesmos slogans foram ouvidos no porto de San Antonio, onde uma multidão se moveu em direção à beira-mar. Já na Plaza Italia, símbolo de todas as celebrações, carros jogando água e gás lacrimogêneo tentam dispersar os manifestantes.   

Santiago tem sido palco de violentos protestos depois da convocação do que chamaram de “evasões em massa” no metrô contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico.   

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Os atos levaram Piñera a convocar todos os prefeitos e parlamentares da região metropolitana para uma reunião emergencial em La Moneda. Enel – A manifestação, que começou pacífica e ganhou caráter violento, também provocou um ataque incendiário contra prédios da Enel e do Banco do Chile. O incêndio na empresa de energia, criticada pela alta nas tarifas de eletricidade, teve início nas escadas externas e se propagou para áreas superiores. Segundo a Enel, um grupo de desconhecidos foi responsável por atacar o edifício. Não há registro de vítimas. (ANSA).   


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