SANTIAGO DO CHILE, 13 DEZ (ANSA) – Mais de 15 milhões de chilenos vão às urnas neste domingo para escolher o novo presidente do país em um segundo turno eleitoral, que coloca frente a frente dois candidatos com visões políticas opostas.
De um lado está a comunista Jeannette Jara, líder de uma coalizão de centro-esquerda alinhada ao atual governo progressista de Gabriel Boric e que venceu o primeiro turno com 26,4% dos votos. Do outro, está o ultraconservador José Antonio Kast, que disputa a presidência pela terceira vez e aparece como favorito na maioria das pesquisas de intenção de voto, apesar de ter ficado atrás de Jara no primeiro turno.
Antes do segundo turno, Kast consolidou o apoio dos outros dois candidatos da direita eliminados na primeira fase da disputa: Evelyn Matthei e Johannes Kaiser, reforçando sua base eleitoral.
A campanha tem sido marcada por intensos debates sobre segurança pública, imigração e economia, temas centrais para o eleitorado chileno.
Admirador declarado do ex-ditador Augusto Pinochet, Kast defende uma agenda alinhada à direita internacional, com propostas de fechamento de fronteiras, expulsão de imigrantes em situação irregular e endurecimento no combate ao crime.
Já Jara aposta em um discurso voltado à retomada do crescimento econômico, que segue lento, e à redução da desigualdade social ? fator que esteve na origem dos protestos massivos de 2019.
No entanto, diante da forte preocupação da população com a violência, a candidata comunista também incorporou à sua plataforma promessas de maior rigor no enfrentamento da criminalidade. (ANSA).