O Chile anunciou, nesta segunda-feira (27), que o estado de exceção decretado em 18 de março de 2020 pela pandemia de coronavírus será levantado na sexta-feira (1º) depois de 19 meses, finalizando também o toque de recolher noturno.

“Decidimos não renovar o estado de exceção”, disse o presidente Sebastián Piñera em um breve discurso.

Ele indicou que a medida “foi necessária para dotar o Chile de maiores e melhores ferramentas para combater a pandemia”, porque permitia “restringir a liberdade e a mobilidade das pessoas, por meio de medidas como quarentenas, cordões sanitários e toques de recolher”.

O estado de exceção permitiu mobilizar as Forças Armadas em tarefas de controle e fiscalização das medidas restritivas e do toque de recolher noturno, cujo horário foi variando dependendo da evolução dos casos de covid-19.

“Durante os últimos três meses, graças à colaboração da cidadania e das políticas públicas adotadas, a situação sanitária e o controle da pandemia evoluíram favoravelmente, com uma redução muito significativa dos contágios, casos ativos, hospitalizações e mortes”, acrescentou Piñera.

O Chile registra atualmente uma média de 500 casos novos e cerca de 12 mortes por dia, acumulando mais de 1,6 milhão de casos e 37.000 mortes desde que se detectou o primeiro caso de coronavírus no país, em 3 de março de 2020.