Chile indicará ex-presidente Bachelet como secretária-geral da ONU

O Chile indicará a ex-presidente Michelle Bachelet para o cargo de secretária-geral das Nações Unidas, anunciou nesta terça-feira (23) o presidente chileno, Gabriel Boric.

Bachelet será a candidata do Chile para substituir o português António Guterres, disse Boric durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Michelle Bachelet, de 73 anos e pediatra de profissão, fez história no Chile como a única mulher a ocupar a presidência em duas ocasiões (2006-2010 e 2014-2018). Depois, foi nomeada diretora executiva da ONU Mulheres (2010-2013) e então alta comissária da ONU para os Direitos Humanos (2018-2022).

“Bachelet não é apenas uma figura amplamente conhecida e respeitada no âmbito global. Ela é uma mulher com uma biografia profundamente coerente com os valores que inspiram esta organização”, acrescentou Boric, acompanhado por Bachelet.

O nome da chilena costuma aparecer entre os possíveis candidatos ao cargo de secretário-geral da ONU, junto com a mexicana Alicia Bárcena, ex-chanceler do México e ex-secretária-geral da Cepal.

“Sua trajetória vital combina empatia com firmeza. Experiência com abertura e todas elas com a capacidade executiva de decidir, de fazer”, assegurou o presidente chileno.

Militante do Partido Socialista chileno, Bachelet havia insinuado uma possível candidatura em março.

Guterres, de 75 anos, conclui seu segundo mandato como secretário-geral das Nações Unidas em 31 de dezembro de 2026.

Desde sua fundação em 1945, a ONU nunca teve uma mulher no comando e apenas um latino-americano, o peruano Javier Pérez de Cuéllar, entre 1982 e 1991.

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