O Chile anunciou nesta segunda-feira (8) que quem chegar do Brasil deverá ir imediatamente para uma residência sanitária e fazer um teste PCR de detecção da covid-19, no âmbito das medidas adotadas contra a nova cepa do coronavírus identificada no país.

A medida entra em vigor a partir de quinta-feira, em um momento em que o Chile registra um aumento nas infecções, que nesta segunda alcançaram 4.733 novos casos e 86 mortes, o que eleva o total para 860.533 infectados e 21.163 mortos.

O Chile é um exemplo de sucesso do processo de vacinação da população. Mais de 20%, 4.085.683 pessoas, já receberam pelo menos uma dose.

“Enquanto as pessoas (que vêm do Brasil) aguardam o resultado do PCR, elas devem ingressar em uma residência de saúde para garantir o isolamento”, disse a subsecretária de Saúde, Paula Daza. “Se for positivo, devem continuar o isolamento na residência”, acrescentou.

O Chile possui 174 instalações utilizadas como residências de saúde – com admissão gratuita – que totalizam 12.574 vagas, das quais cerca de metade estavam ocupadas.

O aeroporto de Santiago é a única forma de entrar no país. Para isso, os viajantes devem apresentar um teste PCR negativo feito até 72 horas antes de entrar no Chile, bem como cumprir uma quarentena de 10 dias.

Nesta segunda-feira, o país recebeu uma nova remessa de 2.106.000 doses da vacina contra a covid-19 do grupo chinês Sinovac.

Desde que o Chile iniciou sua campanha de imunização, primeiro com o pessoal de saúde, em 24 de dezembro, e depois de forma massiva em 3 de março, o país já recebeu um total de 10.705.651 doses de vacinas da Sinovac e da Pfizer.

A meta do governo é vacinar 5 milhões de pessoas com pelo menos uma dose até 30 de março e alcançar 15 dos 19 milhões de habitantes no primeiro semestre.

O rápido progresso do processo de vacinação posiciona o Chile como líder nessa questão na América Latina.