O Chile iniciou o processo formal para filiar-se ao laboratório europeu da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern), com sede na cidade suíça de Meyrin, perto de Genebra, que abriga o maior acelerador de partículas do mundo, disse nesta quarta-feira (19) o presidente do país sul-americano, Gabriel Boric.

“Já está em processo de tramitação para que o Chile se torne um Estado-membro associado da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (…) Isso é cooperação, experiência, investimento, mas, sobretudo, é crescimento na área científica e tecnológica para nosso país”, disse Boric ao visitar o laboratório do Cern.

A cooperação entre o Chile, por meio de sua Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (Conicyt), e a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear ocorre desde 1991, parceria que foi reforçada com um protocolo assinado em 2007.

Esta colaboração garantiu, ao longo de duas décadas, a participação de várias equipes de cientistas chilenos de diversas universidades em experimentos do laboratório europeu.

“Elevar o nosso nível de cooperação com o Cern trará novas oportunidades para a indústria nacional através de licitações ligadas à construção de infraestruturas altamente sofisticadas para o centro, que hoje só estão abertas a empresas dos Estados-membros e membros associados”, garantiu Boric.

A ministra chilena da Ciência, Aisén Etcheverry, confirmou a apresentação da solicitação, informando que fará o pedido formal nesta semana, e acrescentando que a aprovação final do Chile está prevista para o primeiro semestre de 2024.

O Cern é um dos maiores centros de pesquisa científica do mundo e conta com 23 Estados-membros, todos europeus, com exceção de Israel. Além de 10 membros associados, oito na Europa, e dois, na Ásia.

O laboratório abriga o LHC, também conhecido como Large Hadron Collider, o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo. Ele foi lançado em 2008, com o objetivo de responder às grandes questões sobre a origem do Universo.

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