Questionada antes da sua estreia na defesa do bicampeonato da Copa América, a seleção do Chile entra em campo nesta sexta-feira, às 20 horas para encarar o Equador, pela segunda rodada do Grupo C com o objetivo de buscar a classificação antecipada às quartas de final e em repetir o brilhante desempenho do seu ataque no compromisso anterior, a goleada por 4 a 0 sobre o Japão.

O seu adversário, o Equador, é a outra “cara da moeda”, pois na estreia perdeu pelo mesmo placar para o Uruguai. Assim, nesse encontro entre técnicos colombianos, a pressão antes em cima de Reinaldo Rueda está toda nos ombros de Hernán Darío Gómez. “Essa é a dinâmica do futebol e dos torneios curtos. O grupo está convencido, é generoso e trabalha bem. Me dá gosto trabalhar”, disse Rueda.

Treinador do Equador na Copa do Mundo de 2014, Rueda conseguiu evitar, nas suas próprias palavras, que o Chile fosse afetado pela “síndrome de campeão”, exibindo pegada e personalidade, além de contar com a força no ataque de Eduardo Vargas e Alexis Sánchez.

Na última segunda-feira, foram dois gols de Vargas e um gol e uma assistência de Sánchez, que chegou a ser dúvida para a Copa América por causa de uma lesão no tornozelo direito e é o maior artilheiro (42 gols) e jogador que mais atuou (125 partidas) pela seleção do Chile.

Assim, nesta quinta-feira, o Chile aposta nas suas referências no ataque, mas ganhou um problema no meio-campo, pois Arturo Vidal, ainda sentindo o incômodo pela pancada levada no duelo com o Japão, não participou do treino da véspera. Caso seja vetado, será substituído por Pedro Pablo Hernández, como ocorreu no duelo de segunda-feira no Morumbi.

Além do seu ataque poderoso, o Chile confia no retrospecto para garantir a passagem às quartas de final com uma vitória. Afinal, ganhou 12 dos 14 duelos que fez na Copa América contra o Equador, tendo perdido pela última vez para o adversário na competição em 1997.

A dura derrota na estreia da Copa América aumentaram as cobranças sobre Gómez, que assumiu a equipe em agosto, após comandar o Panamá no Mundial da Rússia. Em sua segunda passagem pela seleção, ele tenta renovar a equipe para classificá-la à Copa, como conseguiu em 2002.

Para enfrentar o Chile, o Equador perdeu o meia Renato Ibarra, lesionado, e terá diversas mudanças, incluindo a entrada do zagueiro são-paulino Arboleda na vaga de Mina, que marcou um gol contra diante do Uruguai. E a expectativa é de conquistar um resultado digno. “O professor tem o grupo nas mãos e estamos confiantes. Gostaria que os equatorianos o deixassem trabalhar e tivessem paciência”, afirmou Arboleda.