O Banco Central do Chile elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, de 8,25% para 9,0% ao ano, informou nesta terça-feira, 7, a instituição. A decisão foi unânime entre os membros do Conselho, que observaram que, para que a inflação caía para a meta de 3% em até dois anos, serão necessários ajustes adicionais de menor magnitude nos juros básicos.

Em comunicado, o BC chileno destaca que a inflação mundial e suas perspectivas seguiram subindo desde a reunião anterior, com aumentos de preços mais amplos e persistentes. Com a guerra da Rússia na Ucrânia, a autoridade monetária nota a alta de preços nas matérias-primas, em especial em energia e alimentos, mais duradoura do que anteriormente previsto. “As expectativas de crescimento mundial se deterioraram, diante do agravamento das condições financeiras mundiais, à evolução do conflito na Europa e ao enfraquecimento da economia chinesa”, observam os dirigentes.

Na avaliação do BC, os mercados financeiros mundiais têm se mostrado mistos, com níveis elevados de volatildiade. Paralelamente, as taxas de juros a longo prazo têm moderado suas tendências de altas nas semanas recentes. “O preço do petróleo continuou subindo (+10% desde a última reunião, para a média WTI-Brent), enquanto o preço do cobre oscilou, chegando a cerca de US$ 4,3 por libra-peso (-4% desde a última reunião)”. O mercado chileno, por sua vez, tem mostrado um desempenho mais favorável do que seus pares externos, avalia a instituição.

O conselho de dirigentes garantiu que se manterá atento à evolução da inflação e suas determinantes.