Aumento do número de votações, máscaras ou caneta própria são algumas das medidas que o Chile adotou para manter a segurança sanitária em 25 de outubro, quando 14,7 milhões de pessoas estão convocadas para participarem de um plebiscito constitucional histórico.

As normas foram adaptadas à pandemia da covid-19, em um processo no qual os eleitores decidirão se querem ou não uma nova Constituição que substitua a herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), um dos grandes motivos de críticas durante os protestos que acontecem no país desde 18 de outubro de 2019.

O Serviço Eleitoral do Chile publicou nesta sexta-feira (4) as modificações que dizem respeito ao ato democrático e que implicam uma ampliação do horário de votação para 12 horas, com um período de três horas exclusivamente para maiores de 60 anos.

Os eleitores também terão que levar sua própria caneta azul para marcar as cédulas.

Nessa ocasião, a cabine de votação ficará sem cortina para evitar o contato de cada eleitor durante a entrada e a saída, embora não haja garantias de que o voto permaneça secreto. A máscara será obrigatória.

Os infectados com a covid-19 não poderão votar por motivos de saúde, e também porque o Chile não tem estabelecido o voto por correspondência ou à distância; ideia rejeitada devido à proximidade da data eleitoral.

Até esta sexta-feira, havia 15.727 casos ativos de coronavírus no Chile. No total, o país já registra 418.469 casos e mais de 15 mil óbitos, entre mortes confirmadas e suspeitas.

Os eleitores terão que preencher duas cédulas: uma para responder “aprovo” ou “rejeito” à pergunta “você quer uma nova Constituição?”; outra para escolher entre as opções “convenção constitucional mista” ou “convenção constitucional” em resposta à pergunta “que tipo de órgão deve redigir a nova Constituição?”.

O plebiscito é considerado a eleição mais importante em três décadas de democracia no Chile desde a votação de 1988, no qual os chilenos votaram pela retirada de Pinochet do poder.