NOVA YORK, 12 MAR (ANSA) – A ex-soldado transgêneros norte-americana Chelsea Manning, fonte de um dos vazamentos de documentos confidenciais dos Estados Unidos ao WikiLeaks, foi internada depois de tentar suicídio em um centro penitenciário na Virgínia. A informação foi revelada nesta quinta-feira (12) pelo advogado da ex-militar, que está detida desde maio de 2019, quando se recusou a prestar depoimento pela segunda vez sobre uma investigação contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Na ocasião, ela foi condenada por desacato ao tribunal.

Em um comunicado, a xerife de Alexandria, Dana Lawhorne, informou que “houve um incidente no Centro de Detenção de Adultos de Alexandria, envolvendo Chelsea Manning, que “foi tratado adequadamente por nossa equipe profissional”. Manning é investigada pelo vazamento de documentos oficiais ao WikiLeaks, de Assange. O australiano está preso desde 11 de abril, quando o governo equatoriano decidiu revogar a concessão de asilo a ele. Assange é acusado de pirataria informática pelo governo americano e conspiração com Manning, em 2010. Um tribunal de Londres o condenou a 50 semanas de prisão (cerca de um ano) por ter violado uma medida de liberdade condicional.

Em 2013, Manning, inclusive, chegou a ser condenada a 35 anos de detenção depois de ser considerada culpada de cometer o maior vazamento de informações sigilosas da história do país. No entanto, então presidente Barack Obama comutou sua pena e ela foi colocada em liberdade.