JOE KLAMAR / AFPO bom futebol do Brasil demonstrado durante grande para das Eliminatórias levou alguns minutos para aparecer na Copa. Os primeiros instantes foram de domínio suíço, com uma finalização perigosa de Dzemaili. A seleção pareceu no começo mesclar a ansiedade com um estudo do adversário, até começar a dominar o jogo depois de dez minutos. A paciência para tocar a bola, a aproximação dos jogadores e as triangulações pela esquerda iniciar a ditar o ritmo.O lado do campo com Marcelo, Neymar e a aproximação de Philippe Coutinho passou a trocar passes, ter paciência e buscar uma brecha para o gol. Na primeira investida, Paulinho quase fez. Foi uma amostra de que ali era o caminho. Então, era preciso insistir. Aos 20, nova jogada pela esquerda e na sobra da zaga, Coutinho chutou de fora da área, com curva, para colocar a bola no canto de Sommer e fazer 1 a 0.
A vantagem deixou a seleção ainda mais confiante a ponto de Alisson arriscar passes ousados com os pés e a defesa sair para o jogo com classe. O Brasil prosseguiu o domínio, porém sentia mais falta da participação de Neymar. Caçado pelos suíços, sofreu faltas duras e, em uma delas, fez o adversário levar amarelo. Em outros lances, porém exagerou da individualidade.
A equipe diminuiu o ritmo antes do intervalo e viu a Suíça passar a ter mais posse de bola. Ainda assim, sem finalizações de perigo. A torcida brasileira, presente em maior número, terminou o primeiro tempo cantando “o campeão voltou” para logo se calar quando começou a etapa final. No começo, logo aos cinco minutos, escanteio para a Suíça, Zuber se desmarca de Miranda e na pequena área, cabeceia para empatar.
O lance gerou muita reclamações dos brasileiros, principalmente sobre um empurrão do suíço no defensor antes da chegada da bola. O fato é que o empate mostrou o quanto a seleção desperdiçou no primeiro tempo um bom momento e a chance de ter ampliado, ao se acomodar. O segundo tempo era de erros de passes e perda no vigor na marcação no meio. Tite sentiu isso e para tentar conter o crescente domínio adversário, colocou Fernandinho e Renato Augusto para reforçar o setor.
O Brasil melhorou, voltou a comandar a partida, mas se viu de frente a um obstáculo cruel. A arbitragem insegura do mexicano Cesar Ramos, de 34 anos, havia irritado os jogadores no momento do gol suíço, tinha deixado de marcar faltas em Neymar e não assinalou pênalti em um lance de Akanji em Gabriel Jesus.
Nos minutos finais a seleção se arriscou em busca do segundo gol e a Suíça se fechou na defesa. O goleiro Sommer passou a trabalhar em cabeçadas perigosa de Neymar e Firmino. Miranda quase fez o segundo gol em um chute. A bola, definitivamente, não quis entrar, para a frustração do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 1 x 1 SUÍÇA
BRASIL – Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Cooutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus (Firmino). Técnico: Tite.
SUÍÇA – Sommer; Lichtsteiner (Lang), Schär, Akanji e Rodriguez; Behrami (Zakaria), Xhaka (Embolo), Dzemaili, Shaqiri e Zuber; Seferovic. Técnico: Vladimir Petkovic.
GOLS – Philippe Coutinho, aos 20 minutos do primeiro tempo; Zuber, aos 5 do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Lichtsteiner, Casemiro, Schär e Behrami.
ÁRBITRO – César Ramos (Fifa/México).
RENDA – Não disponível.
PÚBLICO – 43.109 pagantes.
LOCAL – Arena Rostov, em Rostov (Rússia)