BRUXELAS, 02 ABR (ANSA) – O chef italiano Massimo Bottura disse que os cozinheiros serão a “salvação” da agricultura no país.   

“Nos próximos anos, os chefs italianos serão os primeiros embaixadores da agricultura para salvar a biodiversidade e a cultura nacional do trabalho e da terra”, disse ele, em entrevista à ANSA, durante uma apresentação do projeto “Food for Soul” (“Alimento para a alma”, em tradução livre) em Bruxelas.   

No entanto, advertiu: “Não os chamem de aristas. O artista é livre para fazer o que quiser. Eu sou um cozinheiro, um artesão, devo preparar bons pratos”.   

Bottura, que é proprietário da premiada Osteria Francescana – três estrelas no “Guia Michelin” -, foi o idealizador do projeto “Food for soul”, que visa combater o desperdício alimentar através da inclusão social.   

Cerca de 1,2 mil pessoas participaram do fórum pelo futuro da agricultura, um dos eventos anuais sobre políticas alimentares mais importantes da capital europeia. Através do “Food for Soul”, o chef já abriu restaurantes comunitários em Milão, Rio de Janeiro, Londres e Paris, reutilizando estruturas abandonadas.   

Os restaurantes recuperam os excedentes de alimentos para utilizá-los em pratos gratuitos a moradores de rua, com três principais orientações: “qualidade de ideias, poder da beleza e valor da hospitalidade”.   

“Os nossos refeitórios estão sempre de portas abertas. Em um momento em que todos constroem muros, nós os rompemos e abrimos portas”, declarou. O chef também disse que o próximo refeitório comunitário será instalado na cidade de Nápoles, na Itália.   

(ANSA)