O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou a retirada de 2 mil efetivos da Guarda Nacional de Los Angeles, uma redução de aproximadamente metade deste polêmico contingente mobilizado na cidade, informou nesta terça-feira (15) o Pentágono.
No mês passado, o presidente Donald Trump ordenou o envio de milhares de efetivos da Guarda Nacional e de centenas de fuzileiros navais a Los Angeles em resposta aos protestos pelas operações contra imigrantes sem documentos, uma medida à qual se opuseram as lideranças da cidade e o governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom.
“Graças a nossas tropas que responderam ao chamado, a anarquia em Los Angeles está diminuindo”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, em comunicado.
Em consequência, “o secretário ordenou a liberação de 2 mil membros da Guarda Nacional da Califórnia da missão de proteção federal”, indicou.
A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, atribuiu a medida, que classificou de “retirada”, aos protestos pacíficos e às ações judiciais.
“Isso aconteceu porque o povo de Los Angeles se manteve unido e forte. Organizamos protestos pacíficos, nos juntamos em comícios, levamos a administração Trump aos tribunais […] Tudo isso levou à retirada de hoje”, disse a prefeita democrata.
Los Angeles é uma das chamadas “cidades-santuário” com centenas de milhares de imigrantes em situação irregular, e está na mira do governo Trump desde que o republicano voltou ao poder em janeiro.
Esta foi a primeira vez desde 1965 que um presidente americano mobilizou a Guarda Nacional contra a vontade do governador de estado.
Newsom disse que as tropas não eram necessárias para confrontar os protestos, que transcorreram de forma pacífica em sua maioria.