O secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, afirmou nesta sexta-feira (22) que o Pentágono continuará apoiando Taiwan, mas não quis esclarecer se as tropas americanas defenderiam a ilha contra a China, como o presidente Joe Biden deu a entender.

“Como fizemos ao longo de várias administrações, continuaremos ajudando Taiwan com as competências de que precisar para se defender”, disse Austin na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas.

“Por isso, continuaremos concentrados nessas coisas. E não me pronunciarei sobre qualquer hipótese em relação a Taiwan”, declarou à imprensa.

“Acho que o que é importante agora é reduzir as tensões na área. Se eu começasse a especular, acho que, na verdade, contribuiria para o contrário”, alegou.

Na noite de quinta-feira, o presidente Joe Biden causou mal-estar nas relações entre Estados Unidos e China, ao afirmar que seu país está comprometido com ajudar Taiwan a se defender.

A China considera esta ilha, uma aliada dos Estados Unidos, como parte de seu território.

Questionado sobre a possibilidade de uma intervenção militar americana para socorrer Taiwan, Biden respondeu afirmativamente.

“Sim. Estamos comprometidos com isso”, disse ele à rede CNN em um encontro com seus constituintes em Baltimore.

Depois disso, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, pediu ao presidente americano que “não interfira em seus assuntos internos”.

“Sobre as questões relacionadas com seus interesses fundamentais, como soberania e integridade territorial, a China não tem espaço para compromissos”, afirmou Wenbin.

“Pedimos à parte americana (…) para atuar com prudência sobre o tema de Taiwan e se abster de enviar sinais equivocados aos ativistas separatistas taiwaneses para não prejudicar gravemente as relações China-EUA”, completou o porta-voz.