O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, se aposentou de suas funções nesta sexta-feira (29), após um mandato tumultuado em que enfrentou diversas crises no país e no exterior.

O general CQ Brown irá substituí-lo, tornando-se o segundo oficial negro depois de Colin Powell, a servir como chefe do Estado-Maior Conjunto, em um momento em que o Pentágono é chefiado por Lloyd Austin, o primeiro secretário da Defesa negro do país.

Como chefe, “foi uma crise atrás da outra”, disse Milley à AFP no mês passado. Ele ocupava essa função desde outubro de 2019.

A invasão russa da Ucrânia, a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, a recusa de Donald Trump em aceitar a sua derrota nas eleições presidenciais e os protestos a nível nacional contra a violência policial são apenas alguns dos acontecimentos que definiram o seu mandato de quatro anos.

Milley, formado pela Universidade de Princeton, serviu anteriormente com destaque nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

A sua saída ocorre em um momento em que o Exército dos EUA – especialmente a sua liderança – tem sido alvo de repetidos ataques de políticos e especialistas conservadores.

Brown foi nomeado oficial da Força Aérea dos Estados Unidos em 1984 e é um piloto experiente, com mais de 3.000 horas de voo, 130 delas em combate.

Após o assassinato de George Floyd em 2020 pelas mãos de um policial branco em Minnesota, Brown gravou um vídeo emocionado sobre suas experiências pessoais, incluindo a discriminação no Exército dos EUA.

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