Um dos líderes do Comando Vermelho, Marcinho VP anda contrariado na Penitenciária Federal de Campo Grande, onde está preso desde janeiro de 2024. O problema é uma suposta falta de banhos de sol na cadeia de segurança máxima.
Os advogados do traficante acionaram o STF alegando que ele “praticamente toda semana” fica dois dias sem banho de sol e que a duração do tempo fora da cela costuma ser reduzida de duas horas, como prevê a lei, para uma hora.
A ida ao Supremo veio depois de o diretor da penitenciária alegar que os banhos de sol sofrem interrupções em razão de medidas de segurança ou condições meteorológicas desfavoráveis, como chuvas fortes e trovoadas. A Justiça Federal em Campo Grande deu razão à explicação.
A defesa de Marcinho VP afirmou que o suposto desrespeito aos banhos de sol diários, por duas horas, contraria decisões anteriores do Supremo, que reconheceram esse direito aos presos — inclusive nas cadeias federais, de segurança máxima.
O pedido para garantir os banhos de sol ao chefe do CV foi distribuído a Gilmar Mendes, que já havia ficado responsável por analisar ações anteriores de Marcinho VP no Supremo.
Como mostrou a coluna, o traficante já havia buscado o STF no ano passado, alegando problemas psiquiátricos na cadeia. Preso desde 1996, ele está há 18 anos em penitenciárias federais e passou pelas unidades de Mossoró e Catanduvas antes de ser transferido a Campo Grande.
Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que costuma pedir liberdade ao pai em suas apresentações.