Chefe de polícia de Gaza e outros 67 são mortos em ataques aéreos israelenses

Chefe de polícia de Gaza e outros 67 são mortos em ataques aéreos israelenses

Ataques aéreos israelenses mataram ao menos 68 palestinos na Faixa de Gaza na noite de quinta-feira, 2, incluindo o chefe da força policial controlada pelo grupo radical islâmico Hamas na região, seu vice e nove pessoas desabrigadas, disseram autoridades de Gaza.

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O ataque ocorreu no distrito de Al-Mawasi, designado como uma zona humanitária para civis no início da guerra entre Israel e Hamas, que governa Gaza, que já ultrapassou um ano de duração.

O diretor-geral do departamento de polícia de Gaza, Mahmoud Salah, e seu assessor, Hussam Shahwan, foram mortos no ataque, de acordo com o Ministério do Interior de Gaza, administrado pelo grupo radical.

“Ao cometer o crime de assassinar o diretor-geral da polícia na Faixa de Gaza, a ocupação insiste em espalhar o caos no (enclave) e aprofundar o sofrimento humano dos cidadãos”, acrescentou, em um comunicado.

O Exército israelense disse que realizou um ataque com base em informações de inteligência em Al-Mawasi, a oeste da cidade de Khan Younis, e eliminou Shahwan, dizendo que ele era chefe das forças de segurança do Hamas no sul de Gaza. Não houve menção à morte de Salah.

Outros ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 57 palestinos, incluindo seis na sede do Ministério do Interior em Khan Younis e outros no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, no campo de Shati, no campo de Maghazi, na região central de Gaza e na Cidade de Gaza.

Mais de 45 mil mortos em Gaza

O Exército de Israel disse que visa militantes do Hamas que, segundo informações de inteligência, estavam operando em um centro de comando e controle “embutido no prédio da prefeitura de Khan Younis, na Área Humanitária”.

Questionado sobre as novas mortes, um porta-voz dos militares israelenses disse que a lei internacional foi seguida em Gaza e tomadas “precauções viáveis para mitigar danos aos civis”. Os militares de Israel acusam os militantes de Gaza de usarem áreas residenciais como cobertura. O Hamas nega que faça isso.

Grupo aliado do Hamas, a Jihad Islâmica disse que disparou foguetes contra o kibutz de Holit, no sul de Israel, perto de Gaza, também na quinta-feira. O Exército israelense afirmou que interceptou um projétil na área que havia atravessado do sul de Gaza.

Israel matou mais de 45.500 palestinos na guerra, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada e grande parte do minúsculo território costeiro e fortemente construído está em ruínas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque entre fronteiras do Hamas contra o sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, no qual 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram levadas como reféns para Gaza, de acordo com os registros israelenses.