O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, aproveitou a divulgação de dados sobre o coronavírus nesta quarta-feira, 22, para disparar acusações contra a cobertura que a imprensa tem feito sobre a pandemia do novo coronavírus. Em sua avaliação, a cobertura limita-se à exposição de “caixões e corpos”.

“Nós, do governo Jair, desde que começou essa crise do coronavírus, nós temos observado uma cobertura maciça dos fatos negativos. Nós temos informações já comprovadas de pessoas que estão em suas casas… todos sabem, que os noticiários entram nos lares brasileiros todos os dias. Os senhores hão de convir que nós temos pessoas muito suscetíveis a essas notícias”, disse o ministro, que assim prosseguiu: “com todo respeito, no jornal da manhã é caixão, é corpo. Na hora do almoço é caixão novamente, é corpo. No jornal da noite, é caixão e é corpo e números de mortos”.

O general aproveitou a coletiva de imprensa sobre a covid-19 para, inclusive, sugerir pautas aos jornalistas. “Divulguem o trabalho maravilhoso do pessoal de saúde, façam matérias de médicos, de pessoas que estão dando suas vidas contra a doença”, disse.

“Eu pergunto a todos, como que os senhores acham que uma senhora de idade, uma pessoa humilde, ou uma pessoa que sofre de outra enfermidade, se sente com essa maciça divulgação desses fatos negativos? Não está ajudando”, disse Ramos. “Ninguém aqui está dizendo que tem que esconder. Tem tanta coisa positiva acontecendo… É muita notícia ruim, eu sei que está acontecendo. Mas vamos também divulgar notícia boa.”

O ministro reclamou que o porcentual de 56% das pessoas que contraíram coronavírus e foram curadas da doença não tem sido divulgado. O dado faz parte da cobertura diária da imprensa e consta dos boletins publicados há semanas pelo Ministério da Saúde.

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