Toto Wolff e Lewis Hamilton boicotaram o jantar de gala na sede da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nesta quinta-feira. A indignação na Mercedes ainda é enorme pelo final do GP de Abu Dabi e o diretor executivo da escuderia quebrou o silêncio garantindo que o heptacampeão mundial “foi roubado” na última volta da prova que definiu o título de Max Verstappen.

A Mercedes chegou a entrar com dois recursos para reverter o resultado da prova, ainda no domingo, mas ambos foram negados. Nesta quinta-feira, ela optou por não ir além na ideia de novo recurso, no supremo da FIA. Mas não escondeu sua indignação.

“Ele tinha a liderança em Abu Dabi no domingo desde o início. Venceu a largada e nunca mais perdeu a liderança, e roubá-lo na última volta da corrida é inaceitável. Nunca vou superar isso”, desabafou Wolff, que explicou o motivo de a Mercedes não ir às últimas consequências para reverter o resultado da prova. As alegações eram sobre irregularidades na relargada para a última volta, após o saffety car deixar a pista.

A primeira reclamação tinha foco na forma que foi feita a relargada após o safety car ser acionado por conta da batida de Nicholas Latifi, da Williams. Na segunda, a Mercedes alegava que o Verstappen teria colocado o carro à frente de Lewis Hamilton na curva 12, durante a preparação para relargada.

“Decidimos junto com Lewis protestar, lançar o recurso e retirá-lo. Mas você pode imaginar não só para ele, mas também para nós, equipe, como foi terrível ser confrontado com uma decisão que decidiu o resultado do campeonato mundial”, lamentou o dirigente. “Mas nem ele nem nós queríamos ganhar o campeonato mundial no tribunal.”

Wolff imagina o troco de Hamilton na pista, apesar de não ter certeza se o inglês estará no grid da próxima temporada. “Espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é o maior piloto de todos os tempos. Acho que, como piloto, seu coração dirá que ele precisa continuar.”