21/08/2019 - 12:19
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, condenou nesta quarta-feira (21) as “injustiças” contra o jornalista cubano Roberto Quiñones, depois que organizações de direitos humanos denunciaram que o profissional foi sentenciado a um ano de prisão.
“Condenamos as injustiças cometidas contra o jornalista cubano Roberto Quiñones detido por reportar sobre a repressão em Cuba à liberdade religiosa”, tuitou.
Pompeo disse que os Estados Unidos continuarão recorrendo a sanções seletivas para “cortar recursos para o governo cubano, que usa sua receita para reprimir seu próprio povo”.
Na terça-feira, o relator para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou a sentença a um ano de prisão ao jornalista acusado dos crimes de “resistência e desobediência”.
A CIDH manifestou “sua preocupação com a persistência da criminalização em relação àqueles que exercem o direito à liberdade de expressão na ilha”, destacando que “as detenções arbitrárias foram usadas como método para intimidação e perseguição”.
De acordo com a CIDH, um ente autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), Quiñones foi detido em abril, enquanto fazia a cobertura de um julgamento contra um casal que havia decidido educar seus filhos em casa.
Segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras, Quiñones, de 62 anos, trabalha para o portal Cubanet.
A organização denunciou que o jornalista “foi julgado sem as garantias mínimas do devido processo por um tribunal não independente”.