A Casa Branca confirmou que a aguardada visita do chefe da CIA, Bill Burns, ao Cairo para estabelecer diálogos sobre uma trégua e a libertação dos reféns retidos pelo Hamas em Gaza acontecerá neste final de semana.

“Os Estados Unidos participarão nas negociações no Cairo durante o fim de semana”, declarou à imprensa o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

O anúncio desta nova tentativa americana ocorre após os EUA solicitarem ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira (4), para que chegasse a um acordo de “cessar-fogo imediato”, em meio à forte pressão da comunidade internacional sobre o desastre humanitário em Gaza.

Em uma conversa por telefone, Biden pediu à Netanyahu que voltasse às negociações no Cairo para que concluísse “um acordo sobre os reféns” e desse a seus negociadores “os meios para chegar a uma conclusão sobre este ponto”, afirmou o porta-voz.

O chefe da agência de inteligência americana se reunirá com seu contraparte israelense, o chefe do Mossad, David Barnea, bem como com autoridades do Egito e do Catar, informou o The New York Times.

De acordo com o site de notícias Axios, trata-se do primeiro-ministro catari, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e do chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel.

Nas últimas semanas, as negociações em Doha e no Cairo não progrediram.

Há quase seis meses a Faixa de Gaza é cenário de uma guerra devastadora entre Israel e Hamas, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro.

De acordo com os últimos dados publicados pelo Ministério da Saúde de Gaza nesta sexta, Israel matou 33.091 pessoas em território palestino, a maioria civis.

O ataque do grupo islamista deixou, por sua vez, 1.170 mortos, segundo uma contagem da AFP com base em números oficiais de Israel.

Mais de 250 pessoas foram sequestradas durante o ataque e capturadas como reféns na Faixa de Gaza, onde 130 permanecem retidas. Segundo o Exército israelense, 34 delas estariam mortas.

Israel está sob forte pressão internacional devido à catastrófica situação dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa, ameaçados pela fome em grande escala.

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