A disputa entre São Paulo e Rio de Janeiro para ver quem terá o GP do Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021 continua intensa. Chase Carey, presidente executivo da FOM, quem controla os direitos comerciais da categoria, disse em entrevista ao UOL que a corrida seguirá em São Paulo na próxima temporada, desmentindo o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Temos um acordo firmado com São Paulo para 2020. Temos uma boa relação com São Paulo, mas temos que resolver o que fazer em 2021. Estamos em negociações com ambas as cidades e apreciamos o interesse das duas, já que o Brasil é um mercado importante para nós e uma parte importante de nossa história”, disse Carey ao UOL.

Atualmente, o GP do Brasil é uma das duas etapas do campeonato – ao lado de Mônaco – que não paga a taxa de 20 a 25 milhões de dólares para receber a categoria anualmente. O contrato especial, firmado pelo ex-chefe da F1, Bernie Ecclestone, não agrada o atual comando da FOM, que pretende mudar o acordo.

A Prefeitura de São Paulo espera Chase Carey em junho para prosseguir com as negociações. Atualmente, o autódromo de Interlagos passa por reforma nas áreas dos boxes para se modernizar e receber melhor as equipes da Fórmula 1 e os jornalistas. O autódromo do Rio de Janeiro, na região de Deodoro, ainda não começou a ser construído, mas os promotores afirmam que o projeto está adiantado, mesmo sem o processo de concessão da área concluído.