Chavistas marcharam em Caracas nesta segunda-feira (1º) para protestar contra as “ameaças” dos Estados Unidos, enquanto o presidente Donald Trump analisa os próximos passos em relação à Venezuela em meio à mobilização militar americana no Mar do Caribe.
Trump tem prevista uma reunião com seu Conselho de Segurança Nacional para tratar da Venezuela, um dia depois de confirmar uma conversa telefônica com o mandatário venezuelano.
Washington mobilizou o maior porta-aviões do mundo, junto a outros navios de guerra, aviões de combate e milhares de tropas. O governo americano afirma que o envio faz parte de operações contra o narcotráfico, embora Maduro alegue que o objetivo seja a derrubada do governo.
“Somos uma pátria livre, não queremos guerra, queremos a paz!”, disse à AFP Narciso Torrealba, líder comunitário de 68 anos.
“Estamos prontos para dialogar com quem for preciso, mas nunca para ceder a soberania do nosso país, nunca para vender a pátria”, afirmou por sua vez Cirilo Cazorla, de 54 anos.
As manobras americanas no Caribe deixaram 83 mortos em bombardeios de ao menos 20 lanchas supostamente usadas pelo narcotráfico. Washington emitiu um alerta à aviação civil sobre o “agravamento da situação de segurança e a atividade militar intensificada em torno ou dentro da Venezuela”.
O alerta levou à suspensão de voos por ao menos seis companhias aéreas internacionais. Maduro revogou depois as permissões dessas empresas para operar no país.
“Hoje a Venezuela está em uma luta em defesa de seu país, em defesa da soberania, em defesa de seus recursos”, declarou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, à TV estatal durante a marcha.
“Eles não vão conseguir com essas ameaças, com essas estratégias estúpidas de guerra psicológica; não vão conseguir com suas mentiras, não vão conseguir com suas calúnias. Nós vamos continuar nas ruas, defendendo a alegria e defendendo a pátria”, afirmou por sua vez o presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez. O chavismo “está nas ruas”, garantiu.
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