WASHINGTON, 15 ABR (ANSA) – O ex-policial Derek Chauvin decidiu nesta quinta-feira (15) não testemunhar em sua própria defesa no julgamento pela morte do afro-americano George Floyd, invocando o seu direito da Quinta Emenda constitucional contra a autoincriminação.   

A decisão foi tomada pelo ex-agente, que enfrenta acusações de assassinato e homicídio culposo pela morte de Floyd em 25 de maio de 2020.   

“Solicitarei meu privilégio da Quinta Emenda hoje”, disse Chauvin ao juiz Peter Cahill, que perguntou se era sua decisão não testemunhar. “Isso mesmo, meritíssimo”, acrescentou o ex-policial.   

O advogado de defesa, Eric Nelson, ainda questionou se ele entendia que “nem o Estado nem o tribunal podem interpretar seu silêncio como um sinal ou indicação de culpa” e Chauvin disse que tinha consciência.   

O ex-agente, que é branco, matou o negro Floyd por sufocamento após ficar quase nove minutos com o joelho no pescoço dele. A abordagem ocorreu porque o homem tinha usado uma nota falsa de US$20 para comprar um maço de cigarros em uma loja de Minneapolis, nos Estados Unidos.   

O caso foi o estopim para as intensas manifestações contra o racismo no país, lideradas pelo movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”, na tradução livre).   

A expectativa é de que o júri decida o destino de Chauvin na próxima semana. A acusação afirma que o policial “traiu seu distintivo” ao matar Floyd, enquanto que a defesa usa a tese de que o homem morreu por efeito das drogas e não pela abordagem do agente – mesmo que a autópsia tenha mostrado a asfixia como causa do óbito. (ANSA)