10/04/2022 - 5:08
O monegasco Charles Leclerc (Ferrari), após largar da pole position e dominar do início ao fim, venceu o Grande Prêmio da Austrália neste domingo, superando a Red Bull do mexicano Sergio Pérez nesta 3ª prova do Mundial de Fórmula 1.
O britânico George Russel (Mercedes) completou o pódio após uma corrida marcada pelo abandono do atual campeão mundial, o holandês Max Verstappen (Red Bull), que teve um problema mecânico.
Lewis Hamilton (Mercedes) fez uma boa largada (começando em quinto) e rapidamente conquistou o terceiro lugar antes de perder a vantagem sobre Pérez, a quem ele havia ultrapassado no início da corrida. O heptacampeão mundial terminou em 4º lugar, atrás do companheiro de equipe.
“É maravilhoso, o carro estava incrível hoje. Que corrida e que ritmo hoje”, disse Leclerc depois de conquistar sua quarta vitória na carreira e a segunda da temporada.
“Honestamente, que carro hoje. Fiz um bom trabalho durante todo o fim de semana, mas não é possível sem o carro. Estou muito feliz”, acrescentou o piloto
“Obviamente, tivemos apenas três corridas, então é difícil pensar no campeonato, mas temos um carro muito forte e confiável”, comemorou Leclerc.
O britânico Lando Norris (McLaren), o australiano Daniel Ricciardo (McLaren), o francês Esteban Ocon (Alpine), o finlandês Valtteri Bottas (Alfa Romeo), o outro francês na categoria Pierre Gasly (AlphaTauri) e o tailandês Alexander Albon (Williams) completaram o top 10.
A prova foi um desastre para Verstappen, da Red Bull, vencedor há duas semanas do GP da Arábia Saudita, que parou na na 39ª volta (das 58 previstas) quando estava em segundo, após alertar pelo rádio da equipe: “Sinto cheiro de um fluido estranho”.
Ele saiu do carro com fumaça escapando do motor e pegou um extintor de incêndio para ajudar um ‘marshal’ da pista a apagar as chamas. Foi seu segundo abandono em três corridas nesta temporada.
“Temos que terminar as corridas. Hoje foi um dia ruim, eu estava administrando os pneus, não podia lutar contra o Charles”.
Depois de largar em segundo, posição que manteve até abandonar a prova, o holandês considerou a situação “frustrante” e acrescentou que “esse tipo de coisa, se você quer lutar pelo título, é inaceitável”.
No Bahrein, em meados de março, Verstappen já havia desistido por causa de uma colisão, a três voltas do final. Depois venceu a prova seguinte, na Arábia Saudita, à frente de Leclerc.
Outro abandono que se destacou foi o do companheiro de equipe de Leclerc, Carlos Sainz Jr, que era vice-líder na classificação geral de pilotos antes da etapa australiana.
Ele teve um fim de semana para ser esquecido: depois de um modesto 9º lugar na classificação, o piloto perdeu o controle do carro, rodou e terminou a corrida na caixa de brita. O piloto não conseguiu voltar.
Além do espanhol, Sebastian Vettel, que voltou às pistas depois de perder as duas primeiras etapas por conta da Covid, também foi forçado a abandonar após bater em uma mureta de proteção.
O abandono de Verstappen permitiu então que o britânico George Russell subisse ao terceiro degrau do pódio. O segundo da temporada para a equipe que é a atual campeã mundial, depois do 3º lugar de Hamilton no Bahrein. Tendo largado em 5º, o heptacampeão mundial terminou em 4º.
Se, desde o início da temporada, a equipe enfrenta dificuldades em gerenciar seu carro com a aerodinâmica original, pode-se perguntar se essa classificação é sinônimo de um retorno iminente das Flechas de Prata à disputa no topo. “Tivemos um pouco de sorte hoje (…) mas aproveitamos”, disse Russell.
“Há muito trabalho para nos trazer de volta ao nível anterior. Nunca vamos desistir, estávamos muito atrás e, no entanto, aqui estamos, no pódio. Se alguém pode fazer isso, é a Mercedes”, garantiu ele. Russell havia largado na terceira fila (6º) do GP, logo ao lado de Hamilton.
Charles Leclerc tem agora 71 pontos e está à frente de George Russell (37), Carlos Sainz (33) e Sergio Pérez (30). Verstappen caiu para o 6º lugar com 25 pontos, atrás de Lewis Hamilton (28).
— Classificação final do Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1:
1. Charles Leclerc (MON/Ferrari), os 307,574 km em 1h 27:46.548
2. Sergio Pérez (MEX/Red Bull-Honda) a 20.524
3. George Russell (GBR/Mercedes) a 25.593
4. Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) a 28.543
5. Lando Norris (GBR/McLaren-Mercedes) a 53.303
6. Daniel Ricciardo (AUS/McLaren-Mercedes) a 53.737
7. Esteban Ocon (FRA/Alpine-Renault) a 1:01.683
8. Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo Racing-Ferrari) a 1:08.439
9. Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri-Honda) a 1:16.221
10. Alexander Albon (THA/Williams-Mercedes) a 1:19.382
11. Zhou Guanyu (CHN/Alfa Romeo Racing-Ferrari) a 1:21.695
12. Lance Stroll (CAN/Aston Martin-Mercedes) a 1:28.598
13. Mick Schumacher (ALE/Haas-Ferrari) a 1 volta
14. Kevin Magnussen (DIN/Haas-Ferrari) a 1 volta
15. Yuki Tsunoda (JPN/AlphaTauri-Honda) a 1 volta
16. Nicholas Latifi (CAN/Williams-Mercedes) a 1 volta
17. Fernando Alonso (ESP/Alpine-Renault) a 1 volta
Melhor volta da corrida: Charles Leclerc (MON/Ferrari) 1:20.260 na 58ª volta (média: 242,751 km/h)
Abandonos:
Carlos Sainz Jr (ESP/Ferrari): rodou na 2ª volta
Sebastian Vettel (GER/Aston Martin-Mercedes): rodou na 23ª volta
Max Verstappen (NED/Red Bull-Honda): problema mecânico na 39ª volta
— Mundial de pilotos:
1. Charles Leclerc (MON) 71 pts
2. George Russell (GBR) 37
3. Carlos Sainz Jr (ESP) 33
4. Sergio Pérez (MEX) 30
5. Lewis Hamilton (GBR) 28
6. Max Verstappen (HOL) 25
7. Esteban Ocon (FRA) 20
8. Lando Norris (GBR) 16
9. Kevin Magnussen (DIN) 12
10. Valtteri Bottas (FIN) 12
11. Daniel Ricciardo (AUS) 8
12. Pierre Gasly (FRA) 6
13. Yuki Tsunoda (JPN) 4
14. Fernando Alonso (ESP) 2
15. Zhou Guanyu (CHN) 1
16. Alexander Albon (THA) 1
17. Mick Schumacher (ALE) 0
18. Lance Stroll (CAN) 0
19. Nico Hülkenberg (GER) 0
20. Nicholas Latifi (CAN) 0
— Mundial de construtores:
1. Ferrari 104 pts
2. Mercedes 65
3. Red Bull-Honda 55
4. McLaren-Mercedes 24
5. Alpine-Renault 22
6. Alfa Romeo Racing-Ferrari 13
7. Haas-Ferrari 12
8. AlphaTauri-Honda 10
9. Williams-Mercedes 1
10. Aston Martin-Mercedes 0
Obs: Sebastian Vettel (ALE), positivo para Covid-19, ficou de fora dos dois primeiros Grandes Prêmios e foi substituído por Nico Hülkenberg (ALE)
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