A guerra que Israel travou contra o grupo islamita palestino Hamas na Faixa de Gaza é “a guerra do mundo livre”, garantiu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, aos eurodeputados nesta quarta-feira (8).
“Esta não é apenas a guerra do Estado de Israel. Esta é a guerra do mundo livre. Precisamos vencer esta guerra para garantir que o Ocidente não seja o próximo, porque o terrorismo é como um câncer”, disse ele.
Israel, segundo o diplomata, não é atacado apenas pelo grupo Hamas, mas também pelo grupo Jihad Islâmica, “pelo Hezbollah, na nossa fronteira norte, e pelos houthis do Iêmen”.
“Há apenas uma coisa que liga todos eles: o Irã. O Irã é o financiador número um do terrorismo”, disse Cohen.
Em relação aos milicianos do Hamas, o chefe da diplomacia israelense observou que “não os chamaria de animais. É um elogio chamá-los de animais. São monstros”.
O dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa em solo israelense que deixou cerca de 1.400 mortos, “foi o pior dia para o Estado de Israel e para os judeus, desde o Holocausto”.
Confrontado com o ataque do Hamas, Israel iniciou uma retaliação mortal contra a Faixa de Gaza, onde o alto número de mortes de civis despertou alarme internacional. Segundo o movimento islamita, que governa o território, mais de 10.500 pessoas morreram nesses bombardeios israelenses.
“Há apenas uma causa para o assassinato de civis em Israel e Gaza: o Hamas”, disse Cohen nesta quarta-feira.
Em uma cúpula realizada em Bruxelas no final de outubro, os líderes dos países da UE pediram a implementação de “corredores humanitários” e “pausas” no conflito que permitiriam direcionar a ajuda à população civil de Gaza.
Dias antes da cúpula, a UE havia adotado um documento no qual expressou o seu apoio explícito ao direito de Israel à autodefesa, mas com respeito pelo direito internacional, especialmente em relação à proteção dos civis.
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