O ministro de Assuntos Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, denunciou a “degradação acelerada” da situação humanitária na Venezuela e reiterou o apoio de seu país ao líder da oposição Juan Guaidó, ao iniciar nesta quinta-feira uma viagem pela América do Sul, que será encerrada no Brasil.

A França, ao lado de mais de 50 países, reconheceu há seis meses a Guaidó como “presidente interino da Venezuela”, com o objetivo de encerrar o governo liderado por Nicolás Maduro.

“Abordamos a crise na Venezuela e temos expressado nossa profunda preocupação diante da acelerada degradação da situação humanitária e as graves violações aos direitos humanos perpetrados pelo regime de Maduro”, disse o ministro num encontro com a imprensa no Ministério das Relações Exteriores chileno, no qual ele não aceitou responder perguntas.

Le Drian felicitou o Grupo de Lima, que na terça-feira clamou à comunidade internacional para fazer um “grande esforço” para que a Venezuela celebre eleições em breve e comece a superar uma profunda crise política, econômica e social que provocou a migração de cerca de quatro milhões de venezuelanos desde 2015, segundo dados da ONU.

Na mesma linha, o funcionário enfatizou que seu país “apoia os esforços da Noruega para que as discussões entre os partidos possam abrir caminho para uma transição pacífica e negociada, visando liberar as eleições presidenciais”.

Em seu primeiro dia de visita no Chile, o diplomata francês reuniu-se com Sebastián Piñera para refinar detalhes sobre a participação do presidente na Cúpula do G7, que será em agosto na França.

Le Drian também destacou o interesse da França na Cúpula de Mudança Climática (COP25) que será realizada no Chile em dezembro.