O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, negou, nesta quinta-feira (1°), que haja “um genocídio” palestino em Gaza, palco desde outubro de uma guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.

Paganini se pronunciou nesse sentido ao ser perguntado sobre sua reunião com a embaixadora palestina no Uruguai, Nadya Rasheed, após uma mensagem da embaixada na rede X que o governo uruguaio considerou ter “conotações inadequadas”.

O texto sugere que havia uma relação entre as posições do Uruguai no conflito entre Israel e Hamas com a recente habilitação das exportações de carne com osso do Uruguai para Israel.

“Alguns pontos foram esclarecidos e […] nós demos a situação por encerrada”, disse Paganini.

A Embaixada do Estado da Palestina no Uruguai publicou no X uma foto de Rasheed e Paganini e disse que os dois “concordaram em trabalhar conjuntamente pelo bem comum de ambos os povos”.

O Uruguai absteve-se em duas resoluções da Assembleia Geral da ONU que exigiam uma trégua humanitária e um cessar-fogo em Gaza.

“Temos uma política onde entendemos que isso começou com uma agressão quase nunca vista na história de Israel por parte do Hamas, que saiu de Gaza, e por isso Israel teve que responder”, afirmou Paganini.

“Tomara que consigam uma solução pacífica em breve, também nos preocupa muito a situação humanitária”, acrescentou.

Perguntado sobre se há um “Holocausto palestino”, Paganini respondeu: “Não, não acreditamos que haja um genocídio”.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que provocou a morte de 1.163 pessoas, segundo um balanço da AFP baseado nos últimos números oficiais das autoridades israelenses.

Os comandos islamistas também levaram 250 reféns. Israel diz que 132 deles permanecem em Gaza.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas que deixa mais de 27.000 mortos até agora, segundo o grupo islamista.

ad/cjc/dd/rpr

X