A “instabilidade” no Brasil não favorece nenhum país da região, afirmou nesta terça-feira o chanceler equatoriano, Guillaume Long, durante uma visita a Bogotá.

“Os vai e vens, a instabilidade que se vive no âmbito político brasileiro, não favorecem nenhum país da região”, disse nesta terça-feira Long, em coletiva de imprensa com sua homóloga colombiana, María Ángela Holguín.

Long, cujo país é sede da Unasul, disse que o Equador acompanha “com preocupação” os acontecimentos no Brasil.

“Vai chegar o momento em que (…) os países da América Latina vão ter que encarar esse tema e refletir sobre que tipo de resposta devemos dar”, previu.

“As causas de destituição de uma presidente em um sistema presidencialista precisam ser muito fortes, muito bem justificados, e realmente bem justificados”, disse.

O chanceler acrescentou que seu país observa que o atual processo de impeachment sofrido pela presidente Dilma Rousseff têm motivações “mais políticas, e não administrativas”.

“Queremos ver um Brasil democrático, estável, e onde haja um forte apego ao Estado de Direito”, acrescentou.

Nesta terça-feira, o presidente da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que consultará a Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a legalidade do impeachment de Dilma Rousseff, já que o processo “gera dúvidas e incertezas jurídicas”.

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