ROMA, 3 MAR (ANSA) – O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou nesta terça-feira (3) que “é inaceitável” diversas nações suspenderem voos para o território italiano e boicotarem produtos do país europeu por causa do surto do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já contaminou mais de 2 mil pessoas e matou outras 52. Durante apresentação do plano extraordinário para 2020 e das primeiras medidas de apoio para conter a emergência, o político italiano protestou contra atitudes que considera “absurdas”. “Bloqueio de mercadorias de e para a Itália por vários países são inaceitáveis. Trata-se de uma discriminação inaceitável”, ressaltou Di Maio. Segundo o chanceler italiano, em alguns casos, também é possível encontrar tentativas de concorrência desleal que o país não está disposto a aceitar. “Os bloqueios às pessoas, especialmente os voos, também afetam o setor de turismo, e a Farnesina está ativa há vários dias para pedir àqueles que bloquearam os voos para a Itália que removam o completamente porque não faz sentido”, declarou o político italiano.   

Di Maio ainda anunciou que foram mobilizados 716 milhões de euros para “dar crédito às empresas que sofrem com os efeitos da emergência do coronavírus, em um momento de dificuldade econômica”. No plano, o Ministério das Relações Exteriores ainda prevê realizar “uma campanha extraordinária de comunicação, de promoção de ambos os produtos, mas também de turismo”.   

“Estamos trabalhando em um plano específico de país para país para os produtos individuais ‘Made in Italy’, incentivando a internacionalização através de institutos italianos no exterior.   

Isso também diz respeito à comunicação interna: criaremos um e-book para informar sobre todas as ferramentas disponíveis para as empresas”, finalizou Di Maio. (ANSA)