Entre 30 e 40 diplomatas dos países que compõem o Grupo Lima deixaram a Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, quando o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, tomou a palavra, constatou a AFP.

Arreaza falava em nome do Movimento dos Países Não-Alinhados no primeiro dia mundial do multilateralismo, mas poucos diplomatas foram ficaram na enorme sala para ouvi-lo.

Em seu discurso, o ministro das Relações Exteriores acusou os Estados Unidos de quererem “impor a ditadura” na ONU e “fingir, de maneira flagrante, expulsar ou desconsiderar as credenciais dos Estados membros com plenos direitos como a Venezuela”.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu à ONU em 10 de abril para reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente da Venezuela, e exigiu a saída do “ditador” Nicolás Maduro, que se mantém no poder com o apoio da Rússia e a China.

O Grupo Lima, criado em 2017 para enfrentar a crise política na Venezuela, é formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia.

O Grupo Lima pediu à ONU neste mês a tomar medidas para enfrentar a crise política e humanitária na Venezuela.