O Ministério das Relações Exteriores palestino declarou, nesta sexta-feira (21), que a visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a um campo de refugiados da Cisjordânia foi “uma agressão” contra esse território ocupado.
A pasta criticou, em um comunicado, a “intrusão do primeiro-ministro israelense (…) no campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada”.
Sua visita à área é uma “manifestação da persistência de Israel, a potência ocupante, não apenas em sua agressão contra o povo palestino, mas também nas execuções extrajudiciais, nas demolições de casas e nos deslocamentos forçados de palestinos”.
A agência de notícias oficial palestina Wafa divulgou as declarações do ministério junto a uma foto publicada pelo gabinete de Netanyahu, na qual ele aparece reunido com soldados dentro de uma casa.
Segundo a Wafa, o exército “invadiu” a residência de um morador do campo para usá-la como centro de comando.
Netanyahu visitou o campo de Tulkarem e ordenou ao exército que intensificasse a ofensiva iniciada há nove meses nesse território, ocupado por Israel desde 1967.
A visita do primeiro-ministro ocorreu no dia seguinte a uma série de explosões em ônibus no centro de Israel, as quais não deixaram vítimas.
A polícia israelense está investigando as detonações como um “possível ataque terrorista” e, após o incidente, Netanyahu ordenou que as forças armadas realizassem “uma operação intensiva” na Cisjordânia.
Um comandante da polícia do centro de Israel, Haim Sargarof, afirmou em coletiva de imprensa que os artefatos utilizados para desencadear as explosões eram semelhantes aos encontrados na Cisjordânia.
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