O Banco Central indicou nesta quinta-feira, 22, que a chance de descumprimento da meta de inflação, conforme os parâmetros do Conselho Monetário Nacional (CMN), foi reduzida este ano. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado há pouco, a chance de estouro do teto da meta em 2016 caiu de 91% para 45%.

Já no caso de 2017, a chance de ultrapassar o teto da meta ficou estável em 12%. Para 2018, a probabilidade de estouro no teto da meta caiu de 6% para 4%. Estes cálculos foram feitos com base no cenário de referência.

O centro da meta de inflação de 2016, 2017 e 2018 é de 4,5%. No entanto, há tolerância de 2 pontos porcentuais (inflação até 6,5%) para este ano e de 1,5% ponto porcentual (inflação até 6,0%) para os próximos anos.

No cenário de mercado, a chance de estouro do teto da meta em 2016 diminuiu de 92% para também 45%, enquanto a de 2017 foi alterada de 21% para 17%. Para 2018, a probabilidade de estouro do teto da meta passou de 16% para 15% no cenário de mercado.

Em 2015, ao entregar o IPCA em 10,67%, o BC não cumpriu sua meta e o então presidente da instituição, Alexandre Tombini, teve que escrever uma carta aberta ao então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Projeções

O BC também divulgou no RTI as estimativas de inflação no curto prazo. A expectativa da instituição para o IPCA em dezembro é de 0,48%. Já a projeção para janeiro é de 0,61% e, para fevereiro, de 0,55%.

No mais recente Relatório de Mercado Focus, divulgado na última segunda-feira, as projeções do mercado financeiro para a inflação eram de 0,49% para dezembro, 0,61% para janeiro e 0,58% para fevereiro.