ATENAS, 4 DEZ (ANSA) – A chama olímpica foi entregue nesta quinta-feira (4), em uma cerimônia no Estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia, para os organizadores das Olimpíadas de Inverno de Milão e Cortina d’Ampezzo, que será realizada entre 6 e 22 de fevereiro de 2026, na Itália.
Símbolo da continuidade da tradição grega da Antiguidade até os dias de hoje, a arena de mármore foi inaugurada no ano de 560 antes da Era Comum e sediou a primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, em 1896.
A cerimônia começou com o show “Ginástica para Todos”, com coreografia de Olympia Dragouni e participação da cantora grega Klavdia. Em seguida, foi exibida uma apresentação da Escola Italiana de Atenas e da companhia de balé Tam, de Milão, com um coral infantil de 100 vozes e um grupo de 100 jovens bailarinos.
O espetáculo havia sido gravado alguns dias antes, como medida de precaução devido às condições climáticas adversas.
A partir da chama da pira olímpica, a “alta sacerdotisa” interpretada pela atriz grega Mary Mina acendeu a última tocha e a entregou ao presidente do Comitê Olímpico Helênico, Isidoros Kouvelos.
De suas mãos, em meio a aplausos, a chama passou para Giovanni Malagò, presidente da Fundação Milano-Cortina 2026, e foi colocada em uma lamparina a óleo, onde será transportada a bordo de um voo da ITA Airways até Roma, capital da Itália.
“Após duas décadas de espera, a chama olímpica volta à Itália, e não vejo a hora de dar as boas-vindas a vocês e ao mundo inteiro em Milão-Cortina no ano que vem”, disse Malagò na cerimônia. O país sediou os Jogos de Inverno pela última vez em 2006, em Turim.
O revezamento da tocha terá início no próximo sábado (6) e, ao longo de 62 dias, percorrerá 60 cidades 300 vilarejos, englobando todas as 110 províncias e 20 regiões italianas, bem como todos os locais tombados pela Unesco como patrimônio da humanidade.
O percurso total será de cerca de 12 mil quilômetros e terá a participação de 10.001 portadores da tocha. “Enquanto a chama olímpica percorrerá do Coliseu de Roma ao cume do Monte Rosa, da ilha de Lampedusa aos canais de Veneza, levará consigo uma mensagem de união e resiliência que transcenderá fronteiras e gerações”, declarou Malagò. (ANSA).