O Chade vota, neste domingo (17), um referendo a favor ou contra uma nova Constituição que promete abrir caminho para eleições presidenciais e pôr fim ao regime militar.

Uma parte importante da oposição e da sociedade civil convocou um boicote ao referendo. Para esses setores, o referendo pretende abrir caminho para que o atual governante, general Mahamat Idriss Deby Itno, seja eleito na disputa presidencial. Com isso, perpetuaria uma “dinastia” iniciada por seu falecido pai, que deu um golpe de Estado há 33 anos.

O campo do “sim’ parece ter a vitória garantida, depois de uma campanha bem financiada pela junta no poder contra uma oposição dividida e que também foi alvo de detenções, intimidações e ameaças por mais de um ano.

A nova Constituição não é muito diferente daquela que os militares revogaram em 2021 e consagra um regime, no qual o chefe de Estado detém a maior parte do poder.

Em 20 de abril de 2021, Mahamat Deby, de 37 anos, foi proclamado pelo Exército como presidente de transição à frente de uma junta de 15 generais, após a morte de seu pai, Idriss Deby Itno. Este último governou o país com mão de ferro durante mais de três décadas.

O jovem general prometeu eleições, após uma transição de 18 meses, e garantiu à União Africana que não concorreria.

Os resultados provisórios do referendo deste domingo serão anunciados em 24 de dezembro.

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