A CGU (Controladoria Geral da União) determinou, em uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 7, a demissão do ex-ministro da educação Abraham Weintraub do cargo em que trabalhava na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) devido a faltas não justificadas. O professor estava na instituição desde julho de 2014 segundo o Portal da Transparência.
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O documento da CGU emitiu a decisão com base no inciso III do artigo 132 da lei nº 8112, que cita a demissão de servidores públicos em casos de “inassiduidade habitual”. Além disso, Abraham Weintraub também se tornou inelegível a indicação, nomeação ou posse para cargos em comissões ou funções de confiança do Poder Executivo. O ex-ministro possuía uma jornada de trabalho equivalente a 40 horas semanais segundo o Portal da Transparência.
Nas redes sociais, Abraham Weintraub anunciou que fará uma live às 20h para comentar a decisão do CGU. “Será que aceitarei isso calado? Será que vou chorar? Preparem-se”, escreveu o ex-ministro em publicação no X (antigo Twitter). A esposa do ex-ministro, Daniela Weintraub, também trabalha na Unifesp, e ocupa um cargo de professora desde novembro de 2013.
O casal teve os salários suspensos após a instituição de ensino conduzir uma investigação relativa a abandono de cargo por parte de ambos. Abraham Weintraub ocupou o cargo de ministro da educação entre 2019 e 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro, político ao qual ele agora é crítico. Atualmente, o professor mora nos Estados Unidos.
Em contato com a IstoÉ, a Unifesp afirmou que todo o procedimento da demissão irá seguir os ritos previstos pela legislação. A instituição também declarou que desde abril de 2023 investiga as denúncias de não comparecimento contra o professor sob sigilo, em um processo que foi encaminhado à CGU. A universidade complementa que reitera o compromisso com o interesse público e a transparência.